terça-feira, 24 de maio de 2011


 De onde vem a minha inspiração?
Do amor.
Do alto, vem do alto.
Já tive inspirações que vieram do fundo. Do fundo de um buraco enlodaçado, outras que vieram
de um tempo que era tempo vivido. Aquele tempo que não passava nunca. E nunca era o envelhecer.
A minha inspiração vem de alguns sonhos, como o sonho de ter um pé de chorão na frente de casa que tem lá dois resedás e uma mangueira e mesmo assim eu me inspiro neles. Nas flores delicadas do resedá, nos galhos grossos da mangueira. Me inspiro no Chorão, porque sou chorona como ele e talvez por isso nos entenderíamos.
A minha inspiração vem do alto, vem do amor Ágape. Mas também vem de baixo, do fundo das águas azuis e verdes do mar onde respiro nos sonhos e falo com os peixes.
Das nuvens brancas que rabiscam rostos, animais, muitos carneirinhos e algumas rosas.
Da xícara de café com leite que eu mexo com a colherinha e fico olhando o redemoinho que me atrai para o meio do círculo adocicado.
A inspiração é um sentir especial é um inspirar suspiros de parto que são vida.
A minha inspiração vem do amor, porque amar não é fácil. Não é fácil amar o sujeito sabendo do mal que ele faz, por isso só amo o sujeito e não suas ações.
A minha inspiração vem do amor, que é Deus, que por amor a nós deu seu Único Filho para nos salvar.

    Marisete Zanon
(Todos os direitos reservados a  autora)

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