quarta-feira, 30 de maio de 2012

Algumas palavras para o meu esposo...

Fiz esse pequeno poema pensando na loucura que é viver nesse mundo e ter uma família como a nossa: -------------*******--------- ------------------***********--------------------------------------------------------------------------------------------------- Corriqueiro--------------------------------------------------------------**************************---------------------------- Normal da vida/ é ter arroz e feijão/ e uma casa/ cheia de loucos./ //////////////// Marisete Zanon Se tem alguém a quem devo agradecer por ainda estar viva é a Deus e consequentemente a meu esposo. Suportar uma pessoa depressiva bipolar, fibromiálgica, com hipotireoidismo nodular e agora colite que também não tem cura é pra desorientar qualquer um. Mas não, meu esposo é porreta como dizem por aí. Se eu fosse ele juro que já tinha me batido muitas vezes quando quebro tudo que tá na minha frente nos momentos de crise, quando quero fumar, comer tudo que não posso e gritar com todos em casa e com os cachorros. Confesso que estou insuportavelmente difícil de se conviver e às vezes penso se vim desse planeta (que besteira), ou se estou no lugar certo. Tem dias em que não quero ver a cara de ninguém, atender telefone é um sacrifício e colocar os pés para fora da porta é impossível. Então me pergunto como meu esposo pode ser feliz com uma pessoa como eu. Só que ele nunca me respondeu. Chamo ele de banana, porque ele não tem reação e nem boca pra nada. Já perguntei se ele queria se divorciar para ser feliz com outra pessoa, mas a resposta é um sorriso quase irônico que dá vontade de dar um murro no nariz arrebitado dele. O que eu quero Sr. Carlos João Pereira, é agradecer por pelo menos estar do meu lado, me suportando (mesmo porque eu acho que você tem sangue de barata). E se algumas vezes eu pergunto: - Ei! Deus!? Tá me vendo aqui? Eu ainda acredito que sim... Marisete Zanon